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quarta-feira, 31 de março de 2010

GLUCONOLACTONA
A NOVA GERAÇÃO DE ESFOLIANTES
Gluconolactona é do grupo dos polihidroxiácidos, uma linha considerada a
próxima geração de esfoliantes químicos do mercado. Além de descamar
suavemente a pele, Gluconolactona apresenta características hidratantes
e anti-oxidantes superiores aos convencionais. Dependendo da
concentração em que é aplicada, Gluconolactona também auxilia em
algumas disfunções cutâneas, como traumas pós-operatórios e psoríase.
Encontrada em diversos produtos de beleza internacionais,
Gluconolactona tem substituído vantajosamente os AHAs, especialmente
em formulações para peles sensíveis. Ela fornece todos os benefícios
cosméticos dos AHAs sem os desconfortos freqüentemente provocados por
estes últimos.
Gluconolactona é um polihidroxiácido (PHA) derivado de um açúcar
naturalmente encontrado na pele. Ela é conhecida pela sua delicada capacidade
de esfoliação e já está sendo indicada internacionalmente para tratar todos os
tipos de peles, inclusive as mais sensíveis.
Devido ao seu elevado peso molecular (vide quadro), Gluconolactona
penetra lenta e suavemente na pele, normaliza a renovação celular e reduz as
linhas finas e rugas de expressão sem irritar nem queimar o usuário. Além
disto, ela recondiciona a barreira natural do tecido epitelial e devolve a sua
capacidade natural de auto-proteção contra agentes irritantes. Por esta razão,
Gluconolactona tem sido um substituto perfeito dos AHAs. E, embora impute
suave esfoliação, ela produz os mesmos resultados rejuvenescedores quando
comparada com os AHAs.
Gluconolactona contém múltiplos grupos hidroxila no seu esqueleto
molecular, o que lhe confere elevado perfil hidratante (vide quadro). Por isto,
ela é encontrada em diversos produtos skin care que limpam, tonificam e
amaciam a pele, além dos tradicionais produtos esfoliantes e anti-aging.
Quadro: Estrutura e peso molecular da Gluconolactona
PM = 178,14
msdlocal.ebi.ac.uk/docs/chem_comp/data/sug6015.html
Sua extensa faixa de concentração usual permite amplos benefícios
estéticos em sérias condições cutâneas, para as quais não existem tratamentos
médicos ou quando estes não são acessíveis para 7 a 10% da população. Alguns
exemplos dessas condições são cicatrizes de queimaduras e cicatrizes de
nascença, cloasma, melasma, manchas senis, hiper e hipopigmentação, acne
(incluindo rosácea) e suas cicatrizes, hemangioma, pós-microdermabrasão, póspeeling,
após transplante de cabelo, após a retirada de tatuagens,
manifestações de quimio e radioterapia, pós-operação, pós-lazer, lesões
cutâneas causadas pela AIDS e lúpus, psoríase, veias varicosas e vitiligo (visite
nwgadermatology.com/coverblend.htm).
Gluconolactona possui as seguintes sinonímias: gluconolactone,
deltagluconolactone, d-gluconolactone, gluconic acid lactone, d-gluconic acid
lactone, gluconic delta-lactone, d-delta-gluconolactone, glucono-delta-lactone,
1,5-gluconolactone e 1,5-d-gluconolactone.
Comprovação científica
Avaliações feitas por um laboratório independente dos Estados Unidos
(Texas) confirmaram a eficácia da Gluconolactona sobre a pele. Vinte e cinco
mulheres com sinais de envelhecimento moderados a avançados seguiram um
regime de limpeza, tonificação e hidratação com produtos a base de
Gluconolactona duas vezes ao dia. Após seis e 12 semanas de aplicação, todos
os parâmetros do envelhecimento avaliados apresentaram significativa melhora,
a saber, firmeza, palidez, linhas finas, rugas, aspereza, hiperpigmentação e
dimensão dos poros (gráfico 1).
A percentagem média relativa das melhoras obtidas pelas determinações
clínicas estenderam de 15% para a hiperpigmentação até 30% para a aspereza.
Análises de réplicas com silicone revelaram até 30% de redução na aparência
das linhas finas e das rugas em 12 semanas com Gluconolactona. Melhoras
significativas também foram observadas na qualidade da pele. Gluconolactona
foi bem tolerada pelas voluntárias com pele sensível, cujas irritações gerais
melhoraram significativamente ao longo do tratamento, incluindo eritema e
formigamento.
Gráfico 1: Avaliação do regime com Gluconolactona
Fonte: www.neostrata.com/a_cse/cse_cs_01.asp
Outro estudo do mesmo laboratório avaliou alguns produtos comerciais a
base de Gluconolactona especificamente formulados para mulheres com peles
sensíveis. Os ingredientes gerais presentes nestas formulações incluíram glicóis,
tensoativos não iônicos, extratos vegetais, silicones, vitaminas tópicas, agentes
hidratantes, espessantes e conservantes. Para realizar este teste, os produtos
de limpeza, tonificação e hidratação testados foram recomendados duas vezes
ao dia a 30 mulheres com acne rosácea (n=15) e dermatite atópica (n=15). A
compatibilidade dessas misturas contendo Gluconolactona foram
determinadas clinicamente pelos médicos e pacientes envolvidos.
Os resultados demonstraram compatibilidade das formulações testadas
frente à acne rosácea e dermatite atópica após 12 semanas de aplicação. Além
disto, foram observadas melhoras significativas na textura, secura, eritema e
irritações gerais das peles submetidas à avaliação.
A Revista Britânica de Dermatologia (British Journal of Dermatology)
publicou um estudo em 1997 que avaliou a eficiência da Gluconolactona sobre
a função de barreira da pele. Uma solução de Lauril Sulfato de Sódio (LSS) a
5% foi aplicada no verso do antebraço de voluntários humanos sob oclusão
como agente irritante da pele. Seis horas depois, dois cremes foram usados
sobre os mesmos locais, cada um contendo ácido glicólico 4% (pH 4,4) e
Gluconolactona 8% (pH 4,3), respectivamente. Estes produtos foram
aplicados duas vezes ao dia durante quatro semanas, ao final das quais a
função de barreira foi avaliada pelo método de Perda Transepidérmica de Água
ou Trans-Epidermal Water Loss (TWEL). Vide gráfico 2.
Gráfico 2: Resultados obtidos por TWEL
Fonte: www.neostrata.com/a_cse/cse_cs_01.asp
Os valores foram medidos 24 e 48 horas após a retirada da vedação com
LSS, e as comparações foram contrastadas com o veículo (VE) e o controle
(UT). Outros dois ácidos também foram comparados, ácido lático (LA) e ácido
triacético (TA).
Os resultados indicaram que os locais irritados com LSS e imediatamente
tratados com Gluconolactona (GLU) exibiram reduções significativas no grau
de disfunção de barreira quando comparados aos locais tratados com veículo,
ácido glicólico (GA) e o local não tratado.
Gluconolactona é capaz de esfoliar sem agredir o tecido cutâneo como
os esfoliantes conhecidos, uma característica de grande valor na Dermatologia
uma vez que substâncias esfoliantes também são fundamentais para garantir a
penetração de ativos sobre a pele sem, contudo, danificá-la.
Concentração usual e Indicações:
Gluconolactona pode ser usada entre 0,5 a 15% em cremes, géis e
loções com finalidade antioxidante, hidratante, anti-aging, esfoliante suave,
esfoliante para peles sensíveis, cleansers, produtos hipoalergênicos, produtos
para o corpo e filtros solares.
Gluconolactona está presente em numerosas maquilagens importadas
com FPS, indo desde bases líquidas até batons, bálsamos labiais e sombras para
os olhos. Cremes para pés e mãos e emolientes para as cutículas são outros
bons exemplos de formulações internacionais que contêm Gluconolactona.
É importante ressaltar que qualquer ácido esfoliante deve ser aplicado
sobre a pele por, no máximo, três horas. Depois disto, é necessário neutralizá-lo
com substância levemente alcalina (leite morno sob a forma de compressas
durante 20 a 30 minutos, por exemplo) para evitar que a substância penetre e
danifique as camadas mais profundas da pele.
É indispensável o uso de protetores solares biocompatíveis após a
aplicação de esfoliantes químicos.
Informações complementares:
Produtos internacionais associam Gluconolactona com ácido glicólico,
filtros solares (etilexil methoxycinnamate, etilexil salicilato, dióxido de titânio e
óxido de zinco), vitaminas do complexo B, vitamina E, pró-vitamina A (acetato
de retinila), pantenol, extrato de Citrus aurantium, extrato de Calêndula
officinalis, extrato de Aloe barbadensis, extrato de algas, extrato de camomila,
hialuronato de sódio, fosfatidilcolina, arginina, óleo de macadâmia, dentre
tantos outros.
Ingredientes adicionais são ciclometicone, dimeticone, lanolina
hidrogenada, butilenoglicol, triglicerídeo do ácido cáprico/caprílico, lecitina,
álcool cetílico, ácido palmítico, ácido esteárico, ácido mirístico, C12-C15 alquil
octanoato, miristato de octildodecila, laureth-7, steareth-2, goma xantana,
poliacrilamida, C13-14 isoparafina, palmitato de isopropila, cera alba,
ozoquerita, hidróxido de alumínio, polisorbato 80, cocamido propilbetaína,
poliquaternário-10, propilparabeno, butilparabeno, ethilparabeno,
isobutilparabeno, fenoxietanol, clorfenesina, metilparabeno, etc.
Gluconolactona também é usada como excipiente na indústria
farmacêutica para a produção de comprimidos e na indústria alimentícia na
produção de queijo tofú.
Sugestão de fórmulas
Creme hidratante e anti-envelhecimento
Hidrata e promove renovação celular.
Produto Conc.%
FASE A Gluconolactona 6,00
Água deionizada 6,00
FASE B Caviar HS (Hidro) 2,00
Caviar LS (Lipo) 1,50
FASE C Creme base qsp 30,00
Preparo:
1) Dissolver o Ácido Lactobiônico na água e incorporar na Fase C.
2) Acrescentar Fase B em, A+C.
3) Manter pH em 5,5 – 6,0.
Creme esfoliante
Promove esfoliação química suave.
Produto Conc.%
FASE A Gluconolactona 10,00
Água deionizada 6,00
FASE B Caviar HS (Hidro) 2,00
Caviar LS (Lipo) 1,50
FASE C Creme base qsp 30,00
Preparo:
1) Dissolver o Ácido Lactobiônico na água e incorporar na Fase C.
2) Acrescentar Fase B em, A+C.
3) Manter pH em 5,5 – 6,0.
Aplicar no rosto e deixar agir por três horas. Aplicar compressa de leite
morno em seguida.
* Como trata-se de um polihidróxiácido, o melhor pH de ação é ácido, em
torno de 3,5 a 4,5.
As fórmulas citadas acima consistem em meras sugestões. Recomenda-se
teste piloto para avaliar os parâmetros de estabilidade de cada um antes de
dispensá-la(s) ao consumidor final.
Dicas de Manipulação
Para incorporação em bases, a Gluconolactona pode ser dissolvida
em água, ou mesmo ser levigada com propilenoglicol. Pode ser incorporado
em gel com Hidroximetilpropil Celulose (Natrosol) e cremes em geral. Não é
indicado gel de Carbômero 940 devido ao pH ácido.
O mais importante sobre a Gluconolactona é o pH de estabilidade.
Como trata-se de um derivado ácido, o pH de ótimo é de 3,5 a 4,5, ou seja,
incompatível com formulações alcalinas, porém se mostra estável em
formulações com pH em torno de 5,5 a 6,0 porém com diminuição de sua
função esfoliante.
Se for incorporada no momento da preparação da emulsão, deve ser
incorporada na fase aquosa.
Não foram encontradas demais incompatibilidades até o momento.
Ativos ou demais ingredientes compatíveis, vide informações
complementares.
Bibliografia
Material do Fabricante.
Demais referências de pesquisa
1. www.dermstore.com/product_AHA+Lip+Conditioner_1533.htm?sourc
e=biz&lid=8820
2. store.yahoo.com/skin-etc/exulrescrem.html
3. store.yahoo.com/skin-etc/exmoisanfacc.html
4. www.skin-products.com/Product-Type/Cosmetics.htm
5. www.conncoll.edu/offices/envhealth/MSDS/chemistry/G/GLUCONOLA
CTONE.html
6. nwgadermatology.com/coverblend.htm

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